Análise da vitória da Itália no Campeonato Europeu
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A Itália é uma seleção bastante enigmática. Apesar de ser uma potência tradicional, poucas pessoas favoreceram as chances de defender o título com sucesso desta vez. No entanto, a Itália tem uma tradição em grandes torneios: ou não consegue avançar da fase de grupos ou avança para a fase a eliminar. Vamos analisar o percurso da Itália nesta edição do Europeu.
História e desempenho da equipe:
Historicamente, o registo da Itália no Campeonato do Mundo é melhor do que no Campeonato Europeu, com quatro vitórias em Campeonatos do Mundo em comparação com dois títulos europeus. No entanto, nos últimos tempos, a Itália teve um desempenho notável no Campeonato Europeu. Desde a virada do século, a Itália chegou à final três vezes (em 2000, 2012 e 2020) e surpreendentemente conquistou o título na edição anterior. Pelo contrário, nas eliminatórias para a Copa do Mundo, além do triunfo em 2006, sofreu duas eliminações precoces na fase de grupos e não conseguiu se classificar para as edições de 2018 e 2022. No último Campeonato Europeu, a Itália, sob o comando de Mancini, adotou um estilo de jogo ofensivo com uma formação 4-3-3 e surpreendentemente conquistou o título sem muitas estrelas de primeira linha.
Formulário recente:
O desempenho da Itália nas eliminatórias deste Europeu não foi o ideal. Colocados no 'Grupo da Morte', quase enfrentaram a perspectiva de jogos de playoff, mas conseguiram evitá-la ao garantir um empate difícil contra a Ucrânia nos momentos finais. Porém, seu desempenho recente em dois amistosos tem sido promissor, derrotando a Venezuela por 2 a 1 e o Equador por 2 a 0. É importante notar que a Itália jogou com o 4-3-3 nas eliminatórias, mas mudou para o 3-4-2-1 nos amistosos recentes. Assim, a Itália pode voltar ao 3-4-2-1 para o Campeonato Europeu, com foco nas táticas de contra-ataque.
Esquadrão Previsto:
Na baliza, Donnarumma, destaque do Europeu anterior, deverá ser o guarda-redes principal. Apesar de ser rotulado como “ganhador de dinheiro” devido a questões de transferência de clubes, ele continua a ser o guardião da Itália a nível nacional. O goleiro titular provavelmente será Vicaio, do Tottenham, que fez uma temporada decente no Campeonato Inglês. Meret, do Napoli, pode ser o terceiro goleiro.
Na defesa, ainda é incerto se a Itália optará por uma defesa de quatro ou cinco homens. Vamos prever uma defesa de cinco homens por enquanto. Bastoni, do Inter de Milão, provavelmente garantirá uma das posições de zagueiro central. Com apenas 24 anos, ele é visto como o melhor sucessor dos defensores da Itália. Outro zagueiro experiente, Acerbi, da Inter de Milão, deverá ter destaque. A competição pela posição restante de zagueiro é acirrada, com opções como Buongiorno do Torino, Mancini da Roma e Skriniar da Atalanta. Damian, do Inter de Milão, e Di Lorenzo, do Napoli, podem jogar como laterais-direitos em uma defesa de quatro homens ou como zagueiros-direitos em uma defesa de três homens.
No meio-campo, a Itália possui um talento considerável. Nas alas, Di Marco, do Inter de Milão, deve começar como lateral-esquerdo, com Uduokhai, do Tottenham, como reserva. É evidente que a Itália é forte nesta posição. Prevê-se que Cuadrado, da Juventus, comece como lateral-direito, com Bellanova, do Torino, como reserva. No meio-campo, o recém-nomeado capitão, Barella, será sem dúvida um jogador fundamental, responsável pela transição entre a defesa e o ataque. A expectativa é que o veterano Jorginho mantenha sua posição no meio-campo. Com a partida de Verratti para o Oriente Médio, outras opções de meio-campo incluem Cristante da Roma, Locatelli da Juventus e Bonaventura da Fiorentina.
No departamento de ataque, a Itália deverá alinhar no 3-4-2-1, ou seja, no 3-4-3. Espera-se que dois meio-campistas ofensivos, incluindo o destaque do Campeonato Europeu anterior, Chiesa, sejam jogadores importantes. Outro provável candidato para esta função é Zaniolo, do Aston Villa. No entanto, candidatos como Vlašić do Inter de Milão, Pellegrini da Roma, Zaccagni da Lazio e Zakaria do Sassuolo podem competir por uma vaga titular.
O recente destaque nos amistosos, o atacante naturalizado Rætjens, tem grande probabilidade de liderar a seleção da Itália. É importante notar a falta de opções de ataque da Itália quando um jogador mediano como Rætjens, que joga no Gênova e tem estatísticas moderadas de gols na Série A, pode liderar a linha para a Itália. Espera-se que a lasanha do Napoli seja seu reserva. Orsolini do Bolonha, Scamacca da Atalanta, El Shaarawy da Roma e Berardi do Sassuolo também poderão fazer parte da equipa.
Desempenho previsto: quartas de final ou semifinais
A Itália se encontra em um grupo difícil ao lado de Espanha, Croácia e Albânia. Esta não é uma boa notícia para a Itália, que historicamente tem dificuldades nas fases de grupos. No entanto, com o formato ampliado do Campeonato da Europa, os terceiros classificados ainda podem avançar, pelo que a Itália deverá terminar entre os três primeiros do seu grupo, ao lado de Espanha e Croácia.
A Albânia não parece representar uma ameaça significativa. Se a Itália avançar para as oitavas de final, provavelmente enfrentará um terceiro colocado de outro grupo, garantindo um caminho relativamente tranquilo para as quartas de final. Se terminar em segundo, poderá enfrentar o vice-campeão do Grupo A, com exceção da Alemanha, o que não deve ser um grande problema.
Se terminarem em terceiro, poderão enfrentar Bélgica ou Portugal. Dada a tendência da Itália de ter um bom desempenho na fase de grupos, mas se destacar nas eliminatórias (exceto na última edição), existe a possibilidade de avançar como terceiro colocado e eliminar a Bélgica ou Portugal nas oitavas de final. difícil prever os seus adversários depois dos quartos-de-final. No geral, espera-se que a Itália comece com uma vaga nas quartas de final, mas a probabilidade de vencer o campeonato é baixa.
Afinal, defender um título no Campeonato Europeu é um desafio incrível, e a Itália não tem o domínio absoluto que a Espanha teve em 2012.